Projeto Estrutural: 8 principais erros que muitos engenheiros cometem

Você quer se tornar um Engenheiro de sucesso? Então você precisa conhecer os principais erros cometidos em um Projeto Estrutural.

Nesse artigo destacamos os 8 principais erros cometidos pelos engenheiros na hora de projetar a estrutura de uma edificação.

#1 – Erro na concepção estrutural

A concepção estrutural é certamente uma das mais importantes definições de um projeto estrutural.

A eficiência da solução de uma estrutura, tanto em termos de segurança, desempenho em serviço e economia, é completamente dependente de uma concepção estrutural bem feita, e adequada às necessidades de cada edificação.

Apesar disso, o que muitas vezes se vê no mercado são projetos estruturais com muitos problemas de concepção, que tornam a estrutura pouco eficiente e mais cara do que deveria ser.

#2 – Erro na modelagem estrutural

O erro na modelagem da estrutura não é exclusivo de engenheiros de início de carreira como muitos pensam.

Com o avanço nos softwares de cálculo estrutural, muitos engenheiros experientes, possuem dificuldade de interpretar a interface dos programas.

Isso faz com que muitos deles acabem por cometer erros graves no modelo de cálculo.

Sabe-se que o modelo de cálculo da edificação posteriormente é utilizado para o dimensionamento dos elementos estruturais da edificação.

Portanto, esse erro na fase inicial do projeto pode arruinar o projeto por completo, trazendo sérios riscos para a edificação.

#3 – Erro na interpretação dos resultados da análise estrutural

Muitos engenheiros ainda têm dificuldades em interpretar os resultados do modelo estrutural e de solucionar os desvios de comportamento indesejados.

Muitas vezes para a estrutura se comportar de acordo com a concepção estrutural definida é preciso fazer ajustes no modelo análise.

Entretanto, grande parte desses ajustes requerem uma certa habilidade e experiência.

O erro na interpretação desses resultados em um projeto estrutural podem gerar tanto estruturas mais caras, quanto podem levar a estruturas subdimensionadas.

#4 – Mal posicionamento dos pilares no projeto estrutural

Esse provavelmente é um dos principais pontos que impactam no custo de uma estrutura.

Uma edificação com poucos pilares normalmente é muito mais cara, pois exige vãos maiores.

Porém, estruturas com pilares demais também são caras, pois aumentam a mão de obra e o custo de fundações.

Portanto, é fundamental fazer um estudo com algumas alternativas de solução em termos de quantidade, posição e orientação dos pilares da estrutura no projeto estrutural.

É preciso avaliar as interferências na concepção arquitetônica também, evite colocar um pilar no meio da sala do seu cliente.

#5 – Não verificar o esforço do vento no projeto estrutural

Você deve estar pensando: eu só calculo casas de no máximo 3 pavimentos, não preciso considerar o vento…

Sim! Esse é o pensamento da maioria dos projetistas iniciantes.

Claro que um engenheiro experiente pode decidir não verificar o vento para determinadas edificações de pequeno porte por sua conta e risco…

Mais a recomendação é: Sempre verifique o vento!

#6 – Baixo refinamento das seções transversais das vigas e pilares no projeto estrutural

Afinal, até que ponto vale a pena adotar diferentes seções para pilares e vigas em uma edificação?

Essa pergunta não tem uma resposta exata, mas o engenheiro tem de encontrar um ponto ótimo que traga uma redução no custo da estrutura e ao mesmo tempo não dificulte muito a execução da edificação.

Na grande parte das vezes a preguiça toma conta do engenheiro projetista, fazendo com que se adotem vários pilares e vigas com a mesma seção transversal para facilitar o seu trabalho, entretanto isso gera um custo adicional pro cliente.

Existem softwares que realizam o dimensionamento das estruturas de forma automática (o que não quer dizer que você não tenha que verificar cuidadosamente) para facilitar a realização do projeto estrutural, e de tabela gerar benefício ao cliente final.

#7 – Definição das fundações sem realizar o estudo do solo

O que você mais vai encontrar por ai são fundações “calculadas” sem a devida investigação do solo.

Por consequência, além de não estar de acordo com as normas, se a fundação definida for insuficiente para resistir as cargas provenientes da superestrutura, podem aparecer fissuras na edificação devido a recalques diferenciais ou até mesmo o colapso da estrutura como um todo.

Dentre as informações que precisam ser levantadas durante o estudo do solo ao realizar o projeto estrutural e de fundação estão:

  • Número de pontos de sondagem
  • Posicionamento das sondagens no terreno
  • Profundidade a ser atingida pelo ensaio
  • Tipos de solo até a profundidade de interesse do projeto
  • Condições de compacidade, consistência e capacidade de carga de cada tipo de solo;
  • Informação do nível do lençol freático.

Estes dados servem de base técnica para a escolha do tipo de fundação da edificação que melhor se adapte ao terreno.

#8 – Não fazer a compatibilização dos projetos complementares

Parece brincadeira, mas na maioria das obras, os projetos complementares, como o estrutural, hidráulico e elétrico não são compatibilizados.

Ou seja, não é feita a avaliação das interferências entre os projetos, ocasionando em complicações na hora da execução.

O que a falta de compatibilização de projetos pode gerar:

  • Custos adicionais que não estavam previstos em projeto
  • Atraso no cronograma da obra
  • Redução da qualidade do empreendimento

Com o avanço da engenharia, existe uma tendência para a utilização da tecnologia BIM (Building Information Model) que significa Modelagem da Informação da Construção.

Esse conceito é baseado na concepção completa da edificação, integrando todos os projetos e elementos da construção, afim de evitar problemas de execução.

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