O campo da construção civil busca incansavelmente tecnologias que tornem o processo de construção mais rápido e com menores custos. Tais recursos estão presentes tanto no planejamento, como no uso da realidade aumentada e no desenvolvimento de materiais e técnicas construtivas.
Dentre esses recursos estão as vigas, usadas na posição horizontal para ajudar a transferir a força que a laje, as portas e as paredes exercem na edificação para os pilares ou apoio dos pilares (vigas de transição). Essas vigas são posicionadas sobre as paredes e entre os pilares, na mesma largura da parede antes de receber acabamento, de maneira que as vigas ficam ocultas na pintura, ao mesmo tempo que desempenham essa importante função. A altura da viga determina sua resistência: quanto mais alta mais resistente.
Nas construções de pequeno porte (casas, sobrados, barracões etc.) a escolha das vigas segue esse padrão, processo no qual se constrói primeiro as paredes de alvenaria e, na sequência, os pilares, as vigas e as lajes. A altura deve ser suficiente para prover resistência e evitar deformidades.
As vigas também estão presentes em pontes, viadutos e passarelas, reforçadas com protensão e elaboradas em concreto armado, de maneira a dar sustentação para a estrutura, porém, a aplicação existe planejamento e estratégias dada a importância desses elementos para a edificação.
As vigas de concreto armado
Uma viga apenas com concreto não resiste a esforços de tração, sendo inevitável sua quebra. Para prevenir esse problema, usa-se aço na composição das chamadas “armaduras”, que podem ser longitudinais, transversais e de “pele” ou cavalete.
- Longitudinais – parte fundamental da viga, fazem a ancoragem no pilar, dando sustentação por meio do diâmetro e da dimensão;
- Transversais – conhecidas também como estribo, fazem a conexão com a armadura longitudinal.
- De “pele” – diminui a fissuração e a retração da viga, posicionada em cada uma de suas faces.
- De cavalete – o aço é colocado dobrado a 45 graus no apoio, porém, as normativas que regulamentam a aplicação das vigas restringem seu uso.
O concreto usado para o preenchimento da viga deverá respeitar o projeto estrutural, sendo que, no caso do concreto pronto (usado), serão necessários testes de resistência de vida útil. Se o concreto for feito diretamente no canteiro de obras, as proporções de areia, cimento, pedra e água devem garantir uma boa resistência do material. Para isso, é necessário calcular o volume, cujo resultado é a multiplicação da largura, altura e metragem linear.
Além do concreto e do aço, também são necessárias formas feitas de tábuas de madeira, escoras, desmoldantes e pregos, além da mão de obra para a elaboração. A execução e os usos das vigas obedecem à norma NBR 6118 e aos cadernos técnicos de concretagem e armação de estruturas de concreto armado.
Alguns cuidados e recomendações
O uso de vigas de concreto armado em uma obra pede alguns cuidados, o primeiro deles são os cálculos envolvidos em sua elaboração (altura, espessura, forças exercidas, resistência, deslocamentos, a quantidade de armadura necessária, a ligação entre as vigas e o pilar, o comprimento das barras para a armadura longitudinal, os estribos da armadura transversal e a armadura de pele.
Para a composição das armaduras, no caso o aço, este pode ser adquirido por peso, cujos dados são indicados na tabela resumo do aço do projeto estrutural. No mercado são igualmente encontradas armações prontas, que diminuem os custos da obra, contudo, é necessário verificar se as dimensões são compatíveis e informar o comprimento exigido antes da compra.
Dentre as vantagens de se optar pelas vigas de concreto armado estão: elevada resistência à compressão, esforços e tração quando considerados outros materiais; custo baixo de manutenção; possibilidade elaboração em vários formatos diferentes; e grande durabilidade.
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