Iniciar uma obra requer planejamento. Nessa etapa, é fundamental decidir a forma como serão contratados os trabalhadores envolvidos: diária ou empreitada.
Seja apenas uma pequena reforma, obra de restauro ou mesmo a construção a partir do zero, ter clareza no modo como iremos contratar os profissionais impacta diretamente no orçamento.
Se você não tem ideia de qual opção seria a melhor aí no seu caso, ou até já tem, mas segue com dúvidas, preparamos esse conteúdo para te ajudar a decidir. Continue a leitura e confira!
O que é a contratação por empreitada?
A contratação por empreitada geralmente envolve empresas (sejam de construção ou pintura). Ela é regida por um contrato que já prevê início, meio e fim da obra, além dos custos previstos ao longo do processo. Via de regra, contratante e contratado já saberão o tempo de execução da obra, bem como os imprevistos que uma construção possui, incluindo aí um mapeamento dos eventos que podem atrasar ou adiantar os trabalhos.
O pagamento pode ser feito 50% no início do projeto e 50% na conclusão. Mas claro que pode haver outras variações nessa porcentagem, por exemplo: pagamento de 100% do valor acordado logo no começo; ou dividir 50% + 25% + 25%, e por aí vai. Caso o contratado faça tudo em um prazo menor, ele receberá o montante acordado. O raciocínio aqui é esse: ele ganha pelo “serviço entregue”, e não por “hora trabalhada”.
E como funciona a diária?
A contratação por diária, de igual modo, deve ser regida por um contrato (seja o contratado uma empresa ou uma pessoa física – pedreiro, pintor, etc). Aliás, quando falamos em pessoa física, é bem comum que a contratação seja mais nessa modalidade, a diária.
A grande diferença é que o pagamento será diário, ou seja, sempre ao final do dia trabalhado. Há situações onde isso é feito semanalmente – a depender da negociação.
Pontos positivos e negativos da empreitada
Um dos fatores que pesam positivamente para a empreitada é justamente a previsibilidade que você consegue dar à obra. Você descreve o que será feito, o prazo de conclusão, enfim, tudo fica detalhado.
Outra vantagem do empreito é que a negociação é diretamente com o construtor. Firmada a parceria, ele vai atrás dos profissionais e você não tem que ir contratar mão de obra.
Mas, ao contrário da diária em que você pode direcionar o profissional para alterações pontuais de projeto, fazer isso na empreitada será um pouco mais complicado – a menos que haja um adendo ao contrato prevendo uma nova etapa no projeto. Outro ponto negativo é a necessidade de aportar grande soma de dinheiro logo no início da obra (sim, você não paga “por dia”, mas 50% do valor total, às vezes até 100%, dependendo da negociação).
Prós e contras da diária
O que pesa a favor da diária é que o aporte inicial é baixo, pois o pagamento é feito a cada dia (ou até semanalmente). E existe maior possibilidade de flexibilizar o que está sendo feito. Por exemplo: você contratou um pedreiro para reformar a cozinha e a sala, mas pode também sugerir levantar um banheiro na área externa. Basta combinar e pronto! Mesmo tendo um contrato, a negociação aqui costuma ser mais simples, rápida e direta.
No entanto, há menos previsibilidade: lembra do caso da construção do banheiro (do parágrafo anterior)? Isso vai demandar mais tempo, mais material de construção, etc. Fora que você pode “cair na tentação” de solicitar muitos “extras” e acabar perdendo o controle orçamentário. Muitas obras acabam não sendo concluídas por isso. Ou tendo de ser retomada só meses depois.
Como decidir?
Antes de decidir qual tipo de contratação você irá adotar, coloque as duas possibilidades na mesa, pois ambas são boas: tudo vai depender do perfil da obra e dos recursos que você ou sua empresa possui. Se você gosta de previsibilidade, não pensa em alterar o projeto no meio do caminho e possui recursos suficientes para toda a construção do início ao fim, talvez o empreito seja o melhor caminho. Mas se quiser uma flexibilidade maior no projeto e, às vezes, até executar só uma parte dele e continuar o restante depois, escolha a diária.
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