Sempre nos deparamos com perguntas como “por que o céu é azul?” e “por que eu tenho que travar o pilar?”. Muitas perguntas tem suas respostas.
Ignorando o céu azul, a necessidade de travar o pilar está relacionado a um fenômeno que pode ocorrer com ele: a flambagem.
Não estamos falando sobre o processo culinário, mas sim do fenômeno de encurvamento de peças verticais submetida a cargas aplicadas no seu eixo, o caso dos pilares.
O que é flambagem?
A flambagem do pilar é influenciada pela esbeltez que, por sua vez, é definida por dois fatores geométricos: a seção transversal e o comprimento de flambagem.
Para evitar que se ocorra flambagem, basta aumentar o primeiro ou reduzir o segundo.
Mas aonde que entra o travamento nessa história? Travar o pilar é um artifício para reduzir o comprimento de flambagem, tornando-o menos esbelto.
Lembrando também que as condições de apoio também influenciam nesse comprimento. Um pilar solto será mais esbelto que o mesmo pilar apoiando vigas no topo.
Vejamos um exemplo de como se comporta a flambagem em um pilar não travado:
Exemplo
Nesse exemplo iremos considerar um pilar com seção mínima de 15×25 cm (A=360 cm²) travado apenas pela sua direção de maior inércia.
O índice de esbeltez é representado pela seguinte equação:
Com base nessas equações e considerando a situação mais desfavorável (h=15cm) para a segurança, obtemos os seguintes dados:
Considerando os resultados, podemos classificar o pilar em questão como excessivamente esbelto, conforme é possível visualizar na imagem:
Nessa situação, travar o pilar mostra-se como uma alternativa para combater a flambagem.
Conclusão
Entendeu agora o porquê de se travar o pilar? Não travar um pilar força a tomada de decisões que podem afetar o projeto arquitetônico, como o aumento da sua seção transversal, e consequentemente sua inércia, para que não ocorra o fenômeno de flambagem.
Portanto, sempre que possível, trave o seu pilar!
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