Parece distante, mas há apenas oito anos a Construção Civil começava a viver o que seria um dos seus melhores períodos.
A economia brasileira cresceu 7,5% em 2010, e o setor de construção surfou neste crescimento, impulsionado pelo programa Minha Casa Minha Vida, ao aumento da oferta de crédito empresarial e às obras para a Copa do Mundo que estava por vir.
Já no ano passado, o cenário foi bem diferente. Entre os 12 setores da economia estudados pelo IBGE, a Construção Civil foi o que teve a maior queda no Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, encolhendo 5%.
A queda foi generalizada nos demais indicadores do setor. A mão de obra ocupada na construção diminuiu 6,2% e as operações de crédito no setor decresceram 2,2% somente no ano passado.
Enquanto 2018 caminha para ser o primeiro ano de crescimento após cinco anos consecutivos de recessão para o setor, a grande retomada esperada para a Construção Civil ficará para 2019.
Perspectivas para a construção
Depois de amargar quedas consecutivas com a instabilidade que o País vem experimentando de 2015 para cá, a expectativa pela recuperação parece começar a ganhar corpo entre os empresários do setor.
É que, depois de dois anos em queda, o PIB brasileiro registrou um tímido crescimento, na faixa de 1%. Nota da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) indica que “os sinais de melhora vêm aparecendo nos últimos quatro trimestres, quando a construção passou a ter resultados positivos após uma série de oito trimestres negativos, iniciada em 2014.
Nos últimos três meses de 2017, a construção ficou estagnada. Com uma luz, ainda que tênue, no fim do túnel, os empresários do setor voltam a ficar otimistas. Mas nada para este ano — o olhar está voltado para o segundo semestre do ano que vem, quando o presidente eleito já terá tomado posse e mostrado a que veio.
Em outubro, o ICST, Índice de Confiança da Construção calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou alta de 1,5 ponto e foi a 81,8 pontos em outubro. De acordo com a FGV, que realiza a pesquisa mensalmente, o resultado partiu tanto da melhora da situação atual quanto das expectativas para os próximos meses.
O que esperar para 2019
O sentimento do empresariado do setor é de que a procura vem aumentando, com São Paulo puxando a retomada do crescimento. O estoque represado e a lentidão para comercializar tanto imóveis novos quanto usados tornou o momento de crise no setor uma oportunidade ideal para comprar — seja para investir ou para morar.
Uma pesquisa da Cbic realizada em conjunto com o Senai mostrou que no segundo trimestre deste ano houve um aumento de 119,7% no número de lançamentos no Brasil em relação ao três primeiros meses de 2018.
Quando comparado com o mesmo período de 2017, o crescimento foi de 19,9%. As vendas acompanharam os lançamentos e apresentaram um aumento de 17,3% em relação ao trimestre anterior e uma alta de 32,1% em relação ao mesmo trimestre de 2017.
Já o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE, apresentou variação de 0,43% em outubro, caindo 0,02 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,45%).
Os últimos doze meses foram para 4,61%, resultado acima dos 4,33% registrados nos doze meses de 2017. No ano, o acumulado ficou em 3,93%, enquanto em outubro do ano passado o índice foi 0,16%.
Segundo as perspectivas dos mais de oitenta dirigentes da Cbic, 2019 será o ano dos imóveis de nicho. Seja para casais recém casados, jovens solteiros ou pessoas acima dos 50 anos, a previsão é de quem quem pesquisar e souber atender o consumidor no que ele mais valoriza vai se destacar no mercado.
E você, quais são suas perspectivas para a Construção Civil em 2019?
Fonte: https://prefabricar.com.br/perspectivas-para-a-construcao-civil-em-2019/