Os agregados para concreto são materiais em forma de grãos, sem tamanho ou dimensão fixos, que compõem o concreto junto do cimento e da água. Cada um deles desempenha uma função específica na mistura e tem a sua importância para o resultado final da construção. Outros elementos que também são capazes de influenciar as propriedades do concreto são os materiais acrescentados ao cimento. Para esclarecer um pouco mais sobre esses agregados e as adições para cimento, continue a leitura!
Agregados para concreto
Considerando a densidade, os agregados usuais para o concreto são: areia, brita e cascalho. Esses três agregados são os minérios mais produzidos em nível mundial e ocupam o segundo lugar dentre os mais valiosos (atrás apenas dos minerais energéticos, como petróleo, gás natural e carvão).
Areia
As areias são materiais milenares, proveniente do desgaste das rochas ígneas, que são formadas em ambientes de extrema pressão e temperatura, em profundidades de 9 a 24 km da superfície terrestre, como por exemplo os granitos. De acordo com as normas da ABNT, as areias para utilização em concretos devem ter grãos que variam entre 0,15 e 6,3mm. A areia pode ser usada em concreto, argamassa de assentamento e revestimento, pavimentação asfáltica, filtros, lastro e permeabilização de vias e pátios.
Brita
As britas possuem diversas aplicações, como fabricação de concreto, revestimento de leito de estradas de terra, de ferrovias, de barramentos etc. Mas há diversos tipos de brita que podem ter funções diferentes e, por isso, são usadas de acordo com a necessidade da obra.
Fíler Calcário
Fíler é o calcário moído. É adicionado para diminuir a porcentagem de vazios, melhorar a usabilidade e acabamento do cimento, podendo até elevar sua resistência inicial.
Adições para cimento
As adições são usadas em proporções variadas para dar propriedades específicas ao concreto e ao cimento, como redução de permeabilidade, resistência a sulfatos e ambientes agressivos, melhor desempenho, melhor acabamento, entre outros.
Gesso
Também conhecida como gipsita ou sulfato de cálcio dihidratado, o gesso tem a finalidade de regular o tempo de pega, permitindo que o cimento permaneça “ativo” para uso por pelo menos uma hora, conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Sem o gesso, o cimento tem início de pega em aproximadamente 15 minutos, o que torna difícil sua aplicação.
Pozolana
Existem pozolanas naturais e artificiais, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Os gregos e romanos já usavam as pozolanas naturais, que são materiais de origem vulcânica, para suas construções. Já as artificiais geralmente são resíduos industriais como a própria cinza das termoelétricas, as argilas calcinadas, cinzas volantes etc. Ela dá ao cimento maior resistência a meios agressivos (esgoto, água do mar, solos sulfurosos e a agregados reativos), diminui o calor de hidratação e a permeabilidade. O cimento pozolânico é adequado para aplicações que exijam baixo calor de hidratação, como concretagens de grandes volumes.
Escória de alto-forno
Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a escória de alto-forno é o subproduto da produção de ferro em alto-forno, obtida sob forma granulada por resfriamento brusco. Ela propicia um cimento com características de ligante hidráulico e apresenta baixo calor de hidratação, evitando trincas quando há grande massa de concreto.
Os diferentes tipos de adições usados na moagem do clínquer permitem que se obtenha cimentos com várias características, possibilitando um produto com diversas finalidades de aplicação.
Fonte: cimentomaua.com.br
