Responsabilidade social na Engenharia: Atuando com consciência

Vivemos hoje em um mundo em que as pessoas estão, a cada dia, mais preocupadas com o ambiente que as cerca. Isso não diz respeito apenas às preocupações com questões ambientais, mas também ao cuidado com as relações interpessoais.

Nesse sentido, é possível dizer que tendemos a agir de modo mais consciente e responsável. E o mercado de trabalho vem adotando essa prática com a criação de planos específicos para melhorar a convivência de todos. Mas você, engenheiro, sabe como agir com responsabilidade social? Sabe que ações e comportamentos são contemplados nesse conceito?

No post de hoje vamos ajudá-lo a conhecer e entender mais sobre responsabilidade social na engenharia. Continue a leitura e descubra como se tornar um profissional ainda melhor!

O que é responsabilidade social?

O termo sustentabilidade se tornou popular há alguns anos. Conforme o tempo foi passando, o entendimento e a utilização desse conceito foram sendo aprimorados e se tornando mais abrangentes. Hoje, é possível dizer que ele vai muito além da questão ambiental.

Podemos relacionar a sustentabilidade diretamente com a responsabilidade social. Assim, além de atuar de modo socialmente responsável, também é preciso educar e conscientizar aqueles que estão à sua volta.

Agir com responsabilidade social é adotar uma postura, tomar ações e ter comportamentos que visam o bem-estar social e coletivo de uma comunidade. É entender ainda o papel de cada indivíduo dentro de um cenário como a da construção.

Isso significa que cada um precisa ter consciência que aquilo que faz impacta direta ou indiretamente uma ou mais etapas dos processos da engenharia civil — seja ele do âmbito social ou ecológico.

Por que a falta de responsabilidade social pode ser um problema?

Infelizmente, os trabalhadores da construção civil nem sempre estão tão engajados e acabam trabalhando de forma compartimentada, sem ter uma visão do todo. Mas é importante ressaltar que essa é uma questão cultural, que vai além da engenharia.

Esse modelo de trabalho compartimentado dá lugar a uma comunicação falha — problema que pode acabar sendo percebido somente ao final da construção em si. Isso dificulta a identificação da origem de inconsistências no projeto.

De quem é a responsabilidade social na engenharia?

Ao contrário do que muitos pensam, não é só o engenheiro que tem que agir com responsabilidade social. Ela é um dever de todos os cidadãos, uma vez que não acaba quando a obra termina. É preciso seguir cuidando da estrutura para garantir principalmente a segurança.

A maioria das pessoas compram um apartamento e acham que nunca mais terão que fazer nenhuma reparação nele. Isso é engraçado, afinal, quando compramos um carro, entendemos claramente que, a cada 10.000 km rodados, é preciso fazer revisões e manutenções. O mesmo pensamento deve acontecer com as estruturas dos prédios.

Para que a população se sinta responsável, o primeiro passo é ter conhecimento e consciência desse seu papel ativo — trabalho que deve ser realizado primeiramente pelas empresas de construção.

É preciso ter em mente que os treinamentos de equipes são um investimento, que trará bons resultados a longo prazo. Essa responsabilidade social na engenharia é uma questão que só mudará quando houver entendimento de que o dinheiro investido em conhecimento dos colaboradores terá um retorno lá na frente. Nesse caso, os líderes e gestores precisam ter uma visão global e não pontual de quanto sai de dinheiro no final do mês.

Quais são os benefícios de uma atuação consciente?

Os motivos de se investir em responsabilidade social na engenharia: segurança do usuário, confiança do cidadão e economia de recursos. Entenda mais sobre cada um deles, a seguir!

Segurança do usuário

Agir com responsabilidade social impacta a segurança do usuário da construção de maneira direta. Ou seja, se você realizou a obra pensando e cuidando para seguir todas as normas estabelecidas por lei, utilizou materiais de qualidade e contratou mão de obra especializada, você está provendo uma estrutura segura para todos os usuários e cidadãos. Se o engenheiro trabalha de forma responsável e consciente, ele está proporcionando e garantindo segurança para o coletivo.

Confiança do cidadão

Os acidentes envolvendo grandes estruturas, como barragens, pontes e túneis, podem despertar a desconfiança na população. Contudo, é importante dizer que não necessariamente o responsável por esses danos são os engenheiros que realizaram tais obras.

A gestão é não deixar de realizar a manutenção nas obras, o que pode evitar grandes problemas. Então, se você trabalha de forma segura, consciente e responsável, influenciando sua equipe a também agir dessa forma, fica mais fácil conquistar a confiança nos usuários da estrutura.

Economia de recursos

Falamos que investir em conhecimento para gerar ações com responsabilidade social na engenharia pode significar um dinheiro a mais que deve ser gasto, para ter um retorno de médio ou longo prazo.

Contudo, a chamada Lei de Sitter — que faz uma relação entre custo de atuação, projeto e manutenção com unidades monetárias. Na prática, a também conhecida como lei de evolução de custos comprova que é muito mais barato prevenir problemas do que, depois, encontrar soluções para eles.

Basicamente, essa lei propõe que as etapas construtivas e de uso de uma obra sejam divididas em quatro períodos: 1. projeto, 2. modo de execução, 3. manutenção preventiva (ao longo da via útil da obra) e 4. manutenção corretiva (sempre que houver necessidade). Seguindo essa linha, é possível fazer análises, encontrando soluções efetivas para cada fase do projeto como um todo e ter uma maior previsão dos custos de cada etapa.

Como você pôde ver, um engenheiro responsável socialmente é aquele que se preocupa e age em prol da segurança da construção na qual está trabalhando do início ao fim. Alguém que pensa nos impactos ambientais, sociais e econômicos das suas ações durante e depois da obra — o que beneficia tanto a sociedade como um todo quanto o próprio engenheiro e sua equipe.

Que tal dividir esse conhecimento com seus colegas? Compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais e ajude-os a ter um mercado de engenharia mais responsável socialmente!

Compartilhe:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Postar comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Como podemos ajudar?