O que são Gruas?

Confira o que são gruas, seus principais tipos e as normas técnicas e regulamentadoras relacionadas ao seu uso em um canteiro de obras.

As gruas são dispositivos de transporte vertical de materiais e componentes em canteiros de obra. A grande vantagem de possuir um dispositivo assim é reduzir as perdas de mão de obra com tempos auxiliares de transporte, que não agregam valor ao produto final.

A grua traz benefícios, mas exige boa gestão em seu uso, pois é um equipamento caro para aquisição, ou mesmo para aluguel, estando nas cifras das centenas de milhares de reais.

Outro requisito de uso da grua é manter a gestão do uso do equipamento em cronograma definido pela construtora, a fim de evitar possíveis esquemas na distribuição de material que venham a favorecer algum profissional que ganhe por produção.

Dentro do canteiro, é importante posicionar a grua em local que possibilite máxima varredura de todos os pontos necessários ou, se não houver alternativa, avaliar o conjunto de gruas quanto ao alcance horizontal. Esse posicionamento não é algo flexível, já que existe a necessidade de afixar a grua e produzir uma fundação provisória que irá suportá-la durante o uso.

Para fazer um projeto para produção com a locação da grua, é importante conhecer a extensão de sua lança, já descontando a parte que fica no lado oposto ao eixo central e que sustenta o contrapeso.

Uma opção, dependendo do tipo de obra, está no uso de veículos com guindastes, mas há riscos que precisam ser avaliados e reduzidos para que não ocorram acidentes. Em geral, é mais comum o uso de grua ou outras soluções menores como guinchos e elevadores de carga que são mais baratos, mas com uso mais intensivo de mão de obra em transporte.

Tipos de grua

Diferentes tipos de gruas estão disponíveis no mercado, cada uma podendo atender a diferentes necessidades da indústria da construção:

Grua ascensional

Como o nome diz, ela passa por ascensão, cresce ao longo do tempo. A grua ascensional deve ser fixada em um fosso de elevador, mocheta ou abertura nas lajes destinada a sua instalação e a cada acréscimo de pavimentos, novos módulos estruturais são anexados.

Ela é útil para menores necessidades de capacidade de carga, terrenos pequenos e edifícios bastante verticalizados. Há uma economia de custo por utilizar a fundação do próprio edifício. Por outro lado, é preciso adequar o planejamento, de modo que essa grua seja retirada sem atrapalhar a instalação de elevadores ou outros equipamentos.

Grua com torre fixa

É o modelo mais lembrado em termos de grua. A torre, estrutura em treliça espacial vertical, fica fixa a uma fundação própria, enquanto que a lança pode ou não ter regulagem de altura. Quando essa lança permite movimento vertical, há mais flexibilidade no transporte de cargas.

Apesar de haver uma fundação só para a grua, é possível a fixação em outros elementos como partes do edifício a construir, gerando cargas horizontais que devem ser consideradas. Uma vantagem é permitir atender a mais de um edifício por vez.

Grua com torre móvel

Se a grua ascensional se destaca para edifícios extremamente verticais, as gruas com torres móveis são úteis nas edificações bastante horizontais, como alguns tipos de centros comerciais, por exemplo, ou condomínios.

A grua fica sobre trilhos devidamente fixados, havendo o deslocamento sobre rodas da torre. Não há fixação em edifícios ou no solo, o que faz com tenha altura limitada.

Normas técnicas brasileiras relacionadas ao uso de gruas

Em busca ao ABNT Catálogo, o portal de consulta de normas técnicas brasileiras, encontra-se as seguintes normas:

  • ABNT NBR 16463-1:2016 – Guindastes – Parte 1: Requisitos para a elaboração de manuais de instruções.
  • ABNT NBR 16463-2:2016 – Guindastes – Parte 2: Identificações.
  • ABNT NBR ISO 4309:2009 – Equipamentos de movimentação de carga – Cabos de aço – Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte.
  • ABNT NBR 8400:1984 Errata 3:1987 – Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de cargas – Procedimento.

O trabalho com gruas, pela agilidade e também pelo risco que apresentam, também é regulado pela NR 18 (Norma Regulamentadora Nº 18). Nela, proíbe-se o trabalho com esses equipamentos se houver possibilidade de interferência na rede elétrica, mau tempo ou ventos muito fortes. Da mesma forma que para elevadores de carga, a NR 18 reitera que não deve ocorrer o transporte de pessoas usando uma grua.

Outra disposição da NR 18 que merece destaque se refere à forma geométrica das gruas e altura em relação aos demais elementos de vizinhança. Como ela acaba se transformando em para-raios natural, exige-se aterramento elétrico.

Fonte: www.escolaengenharia.com.br

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