O planejamento de uma construção ou reforma traz a insegurança das tomadas de decisão sobre mão de obra, material, custo-benefício etc. Além disso, o mercado está sempre cheio de novidades que aumentam ainda mais o número de opções disponíveis. E o cimento sustentável é uma delas.
Você sabe o que ele é? Conhece seus benefícios e como ele pode ser utilizado em sua obra ou reforma? Continue lendo e retire todas suas dúvidas quanto a essa novidade sustentável. Boa leitura!
Afinal, o que é cimento sustentável?
Segundo a ONU, a construção civil é um dos setores que mais causa impactos ambientais. Por isso, um dos principais desafios dessa área é conseguir desenvolver materiais sustentáveis que necessitem de menos consumo de energia e extração de matéria-prima natural para sua produção, além de diminuir a emissão do dióxido de carbono, principal responsável pelo efeito estufa.
O cimento é um dos materiais mais utilizados como aglomerante em obras. Ele é composto principalmente por clínquer, um material granular rígido obtido através do aquecimento de rochas calcarias moídas. Ele é um ingrediente indispensável na fabricação do cimento por ser ligante hidráulico com ótima resistência mecânica. Porém o clínquer precisa ser aquecido a cerca de 80°C no processo de fabricação.
Já a versão sustentável é desenvolvida com resíduos granulados de alto forno das indústrias siderúrgica, termelétrica, de fundição e de carvão vegetal, o que pode reduzir as emissões de carbono em 95% e o gasto de energia em 80%.
Em que etapas da obra ele pode ser aplicado?
O cimento sustentável é classificado como CP III — Portland de alto forno. Possui variações de 25, 32 e 40 MPa (megapascal). Esses números indicam a garantia do fabricante dos valores mínimos de resistência à compressão de força sobre superfície após a cura de 28 dias.
De acordo com a NBR 5735, é um material de uso geral que pode ser empregado das aplicações mais básicas até as mais complexas, como:
- aplicação de argamassa de assentamento (tijolos, blocos) e revestimento;
- colocação e rejuntamento de azulejos e ladrilhos;
- fabricação de concreto simples, magro, protendido ou armado;
- elementos pré-moldados e artefatos de concreto;
- pisos industriais e solo-cimento;
- fundações e pavimentações;
- locais de passagem de esgoto e barragens;
- obras submersas (inclusive em água do mar) etc.
Quais os benefícios de utilizá-lo na sua obra?
A utilização da versão ecológica do cimento garante a sustentabilidade do setor em médio e longo prazo, pois é um composto ecologicamente correto que auxilia na conservação do meio ambiente. Além disso, outras características que o tornam a melhor opção para reformas e construções são:
- extensa durabilidade;
- maior resistência a sulfatos, expansão e compressão;
- menos porosidade capilar, o que aumenta a impermeabilidade;
- estabilidade superior às versões comuns;
- baixo calor de hidratação, isso evita as fissuras devido a rápida dispersão;
- fabricação com menor emissão de poluentes;
- menor gasto de energia no processo de produção;
- custos mais baixos em relação ao tradicional.
Quais cuidados você deve ter ao optar pelo cimento sustentável?
Assim como os demais tipos desse material, a versão ecológica também é perecível e necessita de atenção para que sua conservação durante a estocagem seja garantida. A embalagem em sacos de papel o protege de umidade durante seu transporte, mas não do contato direto com a água, resultando no empedramento precoce.
Por isso, mantenha-o fechado, longe do chão e em locais afastados de paredes externas, encanamentos e protegido da chuva. Além disso, ele deve ser empilhado em até 10 sacos por pilha. Se bem estocado, sua vida útil chega a três meses após a data de fabricação.
O aproveitamento do rejeito das indústrias, a baixa emissão de gás carbônico e a preservação ambiental — somado ao alto desempenho nas construções — fazem do cimento sustentável uma alternativa ecológica de sucesso. Com materiais de boa qualidade e uma boa equipe, sua obra não será sinônimo de sofrimento!
Fonte: blogpraconstruir.com.br